Thursday, January 31, 2008

Relatório de actividade subconsciente

1. Na praça da Républica, um pequeno pássaro tentava voar mas apenas subia dois ou três metros e caía no meu colo. Para não o assustar mais, não o tocava, procurava antes ficar imóvel. Repetiu-se a tentativa de descolagem três ou quatro vezes. Já semi-acordado, senti o pássaro a mexer-se sobre a minha barriga...assustado, destapei os cobertores bruscamente para ele poder saír e voar.

2. Já meio acordado, antes de me levantar, ouvi durante breves momentos o som de alguém a escrever à máquina num quarto ao lado do meu. Esse som, claro, evoca a memória de apenas uma pessoa, que há já alguns anos deixou de escrever.

E agora vem-me à memória uma conversa sobre o porquê de escrever...diários, livros, etc.

Wednesday, January 30, 2008

Satya

The search for truth within ourselves and the faith in truth as the deepest guiding power throughout life and our relation with other people is the only journey that can give the soul peace and happiness. Untruth, towards ourselves and unto others, will ultimately lead to the weakening and defilment of the soul.

We all have our own path towards truth. However, truth must be understood, nowadays, as a global power. My path for truth might be harmful towards other people, whom I have never met or seen. Therefore, the first step towards avoinding that my truth is hurting other people is recognizing that I cannot impose my truth over any other person.

Recognizing each other's truths and faiths and paths towards inner peace is the first step towards Satya.

Tuesday, January 29, 2008

Hugo Tavares (1975-2007)
RIP
“Na noite de 4 de Janeiro de 1625, o Pe. Ambrósio, três portugueses cativos e o seu servo, irmão Pedro dos Santos, foram ao local onde a rainha tinha sido enterrada dentro de um saco. Como a cova era muito funda, tiveram de fazer duas tentativas e só na noite seguinte, que era véspera de Epifania, tiveram a alegria de encontrar o corpo da gloriosa mártir. Levaram-no no maior segredo para a igreja de Shiraz. Uma vez limpo da terra que o cobria, o corpo foi colocado numa pequena urna. De fora estava o corpo todo em ossos sem carne alguma, mas só a mão direita e o pé esquerdo estavam inteiros, com a carne tão alva e de tanta formosura como eram quando a insigne mártir vivia. Pouco tempo depois, o Pe. Ambrósio, entendendo que a igreja de Shiraz não oferecia garantias de segurança para tão rico tesouro na própria cidade onde a rainha fora martirizada, decidiu enviá-lo para o convento dos Agostinhos em Ispão, “enchendo de inveja santa a outros religiosos que para si queriam tão preciosa jóia.”

Roberto Gulbenkian, Relação Verdadeira do Glorioso Martírio da Rainha Guativanda..., 1985

Sunday, January 27, 2008

livro de recalmações s.f.f.

livro de recalmações s.f.f. # 1

Todos nós sabemos que a grande maioria das mulheres gosta de ter amigos gays. Muitas até têm um melhor amigo gay do qual dependem afectivamente, especialmente em momentos de crise com os não-gays. Algumas até dormem com o amigo gay, como quem dorme com uma melhor amiga. Tudo óptimo...mas e nós? porque é que nós não podemos ter amigas lésbicas? com as quais poderíamos construir uma relação que colmatasse as falhas emocionais das relações com as raparigas não-lésbicas? com as quais poderíamos brincar, tocar, apalpar, enfim, fazer tudo o que fazemos com as raparigas não-lésbicas excepto...aquilo que se sabe. Não sei onde reside o problema...se mais do nosso lado, se mais do lado das lésbicas. Mas gostava de saber e gostava, gostava muito mesmo, de ter uma amiga lésbica com quem ir ao cinema de vez em quando e... poder falar de gajas.


livro de recalmações s.f.f. # 2

As mulheres heterossexuais deviam vir todas com um semáforo incorporado, para a malta se poder orientar melhor.


livro de recalmações s.f.f. # 3

Na estação de Coimbra-A, na zona das bilheteiras, existe uma máquina automática que vende bilhetes. Mas atenção, esta máquina cobra mais 1 euro e 20 cent para qualquer bilhete de longo curso, referente ao trajecto de Coimbra-A para Coimbra-B. Reparem: um bilhete de Coimbra-A para o Porto, digamos, no alfa, custa 15 euros nas tradicionais bilheteiras, e inclui, como é sabido, o trajecto entre as duas estações de Coimbra e também entre Campanhã e S. Bento. O mesmíssimo bilhete, comprado na máquina, custa 16.20e. Tá mal.

Thursday, January 24, 2008

Wednesday, January 23, 2008

O Natal do PVG (aussi sem neve)


I miss my son

I was in a line at the supermarket the other day, and uhm... y'know, I had all my things on the little conveyor belt there. And uh... there's a gal in front of me that is uh.. well, she's staring at me and I'm getting a little nervous and uh, she continues to stare at me. And I uh, I keep looking the other way. And then, finally she comes over closer to me and she says: "I apologise for staring, that must have been annoying. I, I... You look so much like my son, who died. I just can't take my eyes off you." And she precedes to go into her purse and she pulls out a photograph of her son who'd died. And uh, he looks absolutely nothing like me. In fact he's... Chinese. Uh... anyway, we chatted a little bit. And uh, she says: "I'm sorry, I have to ask you. Would you mind, as I leave the supermarket here, would you mind saying "Goodbye mom" to me? I, I know it's a strange request but I haven't heard my son saying "Goodbye mom" to me, and "So long" and it would mean so much to me to hear it. And uh, if you don't mind I... " And I said: "Well, you know, okay, yeah, sure. Eh.. uh... I can say that." And, and so, she uh gets her groceries all checked out. And uh, as she's going out the door she waves at me and she hollers across the store: "Goodbye son!" And I look up and I wave and I say: "Goodbye mom!" And then she goes, and uh... So I get my few things there, on the conveyor belt and the checker checks out my things. And uh, and he gives me the total and he says: "That'll be four hundred and seventy nine dollars." Uh... and I said: "Well, how is that possible! I've only got a little tuna fish, and uh some skimmed milk, and uh mustard and a loaf of bread..." He goes: "Well, well you're also paying for the groceries for your mother. She uh, told me you'd take care of the bill for her." And I said: "Well, wait a minute! That's not my mother!" And he says: "Well I distinctly heard her say as she left the store "Bye son!" and you said "Bye mom!" and so what are you trying to say here, uh..." I said: "Well, JESUS!" And I looked out into the parking lot and she was just getting into her car. And I ran out there. And she was just closing the door, and she had a little bit of her leg sticking out of the door and she was pulling away and I grabbed her leg and I started PULLING it! Just the way... I'm pulling yours...

Monday, January 21, 2008

Sunday, January 20, 2008

Wednesday, January 16, 2008

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Photo by Stella Snead

o post do comment

[Desculpa, não resisti]

Anonymous disse...

à procura de quê, senhor? gosto do teu blog. self-centered e tudo. mais difícil ainda. o desenho, as imagens, tuas algumas. muito bonitas. generosa oferta de momentos zen. já agora. não devia ser antes: "my zen moment"?

agabê

Obrigado, AgáBê.

"Moment of Zen" era uma alusão, um pouco rebuscada, ao Daily Show do Jon Stewart...um pedaço de que tv costumo seguir...

À procura de quê ler estes catálogos antigos de bibliotecas de Asiatic Societies...Boa pergunta, boa pergunta.
Bem, a resposta simples, para o de Bombaim, é a procura de um ou outro livro esquecido que possa contribuir para o meu trabalho orientalista...
Mas o de Londres, que li de facto na íntegra, deu-me também uma visão geral daquilo que os Ingleses consideravam material pertinente à sua tarefa titânica e ao mesmo tempo "very quaint" (para usar uma expressão predilecta do PVG) de compilar e enquadrar os saberes orientais...de encaixar aquilo tudo que tanto lhes deslumbrava e repugnava: a Índia.

Mas confesso que no fundo, ler este catálogo, terá o sabor de provar um fruto proibido, fazer algo de ilegal, considerando a quantidade abissal de trabalho muito mais urgente que tenho que fazer dentro de prazos apertados :)

Jaipas.

My moment of Zen

De grosso modo, existem três Asiatic Societies fundadas pelos nossos amigos orientalistas britânicos: a de Calcutá, a de Londres e a de Bombaim (incialmente, uma filial da de Londres). Depois de ter lido o catálogo geral da Society de Londres (de 1940), vou entrar no mundo do catálogo geral da Society de Bombaim (de 1915). Para o fim ficará o de Calcutá, sem dúvida o mais extenso...

Monday, January 14, 2008

Instruções

1. Abra com cuidado num ambiente frio e anti-séptico.

2. Insira ou retire a ideia ou conjunto de ideias em questão.

3. Cosa com cuidado.

4. Em caso de persistência dos sintomas, opte por se tornar um animal irracional.

Thirties come knocking

New Year Blues

http://www.youtube.com/watch?v=d6GGqlA1kd4

Well I stumbled in the darkness
I'm lost and alone
Though I said I'd go before us
And show the way back home
There a light up ahead
I can't hold onto her arm
Forgive me pretty baby but I always take the long way home

Money's just something you throw
Off the back of a train
Got a head full of lightning
A hat full of rain
And I know that I said
I'd never do it again
And I love you pretty baby but I always take the long way home

I put food on the table
And roof overhead
But I'd trade it all tomorrow
For the highway instead
Watch your back if I should tell you
Love's the only thing I've ever known
One thing for sure pretty baby I always take the long way home

You know I love you baby
More than the whole wide world
You are my woman
I know you are my pearl
Let's go out past the party lights
Where we can finally be alone
Come with me and we can take the long way home
Come with me, together we can take the long way home
Come with me, together we can take the long way home

Sunday, January 06, 2008

Nebula

"I always imagine that heaven must have become a much more complicated place to believe in after mankind had learnt to get above the clouds."

Tacita Dean, Location, 2000

Wednesday, January 02, 2008