Recorrente

No início, o mar está sempre calmo, é inofesivo e silencioso. Depois de umas braçadas, começam a nascer as ondas, devagar, ondas engraçadas...depois crescem. Quando atingem os 4 ou 5 metros, a costa já está a quilómetros de distância, as pessoas e os guarda-sóis na praia já não se distinguem. E então as ondas levam-nos para o mais fundo do mar, em turbilhões de espuma e areia...finalmente o aquecimento global vingou. E então, começamos a reastejar lá em baixo, debaixo das águas, em direcção à praia, porque a água das ondas desapareceu...agora são apenas bolhas de oxigénio que fazem um barulho ensurdecedor ao quebrarem na areia. Na praia, a polícia inspecciona a disposição das toalhas, brinquedos, etc. E vamos ser multados - ou presos - porque está tudo um caos.

Segunda de Reentreé

Começou com uma manga para o pequeno-almoço seguida de uma deslocação aos correios de D. Pedro V. Sinceramente, não sei o que põem no café daquela malta, mas são todas de uma simpatia enternecedora. Seguiu-se uma viagem até Coimbra e encontro com algumas pessoas que já não via há muito. O prato social estava bastante aceitável nas azuis; seguiu-se o cafézinho lá em cima e uma tarde em frente ao computador. A caminho de Aveiro, o meu carro avariou na autoestrada e tive de esperar uma hora e meia pelo reboque. Entretanto, veio o tipo da Brisa que ainda ficou a conversar comigo durante um cigarro e uma olhadela ao motor. Jantar remeteu-se para perto da meia-noite. E assim começou mais uma temporada.