Wednesday, October 31, 2007

Coisas de mulheres...

1. Em Março, quando a via vestida de saia preta e camisa branca, pronta para a missa, pensava: Ele não merece tanto apreço. Em Junho, quando ela vinha ter comigo a meio da noite, pensava: Ele, apesar de tudo, observa e ainda terei de Lhe prestar contas.

2. Na Terça ela foi buscar uma almofada ao guarda-fatos e colocou-a na cama, junto à almofada dela. Na Quinta, ela pegou na almofada e voltou a guardá-la no guarda-fatos.

3. Da primeira vez que fomos beber um copo - eu, ela e o namorado - senti-me um otário. Da segundo vez que fomos beber um copo, quando me contou que tinha acabado com o namorado, senti-me ainda pior: um bom samaritano.

4. No início foi bom, depois ela começou a azedar...e assim ficou

5. Ontem ela disse que não conseguia olhar para mim sem ver reflexos de fantasmas. Hoje quando estendeu a mão na minha direcção, apercebi-me que o meu corpo era imaterial, logo supérfluo.

6. (faltava ela...) Antes da entrega, subia até ao sotão e os seus beijos eram como os da serpente. A seguir à entrega, para além daquele súbito momento de vazio e desnorteamento, senti o seu veneno, que tinha de facto entrado nas minhas veias.

7. Antes de acontecer, eu nunca acreditei que pudesse acontecer, porque era geometricamente e matematicamente praticamente impossível. Depois aconteceu e molhámos os pés na praia sob o olhar indifrente da Lua...

Monday, October 29, 2007

do verbo "orbitar"

29/10/2007

O desenho torna-se compulsivo à medida que a tensão aumenta. Em breve será tempo de desagitar...

Thursday, October 25, 2007

24/10/2007

Sunday, October 21, 2007

"Desagitar"

Se os velhotes estão contentes no autocarro
Se a luz do sol é coada pelos pinheiros
Se alguém, por acaso, sorri
Se eu não me esquecer

De como fazer as malas

E partir.

Saturday, October 13, 2007

Nos Arco-íris

Forget about your house of cards
And I'll do mine

Forget about your house of cards
And I'll do mine

Thursday, October 11, 2007


Mr. Davies e eu...

Perguntei-lhe se tinha qualquer identificação para irmos jantar à cantina. Disse que só tinha o passaporte, que podia cozinhar uma omolete em casa. Fomos na mesma, apesar das reticências do Mr. Davies.

"Some years ago, I went by train from Quilon to a small village and from there we took the state bus to Madurai. Coming back, we wento to Munnar. There it rained heavily..."
"Hmm...."
"Near Varkala we bought a big fish from the fisherman at the beach. We then took it to a Kerala Goverment Tourism restaurant and there they cooked it and served it with plain rice for 200 rps."
"Yes, they will always charge more to tourists..."

Logo no início da refeição, por entre a euforia do ambiente académico pré-latada que se fazia sentir na cantina, reparei que o Mr. Davies não sabia própriamente usar talheres. E como estava a comer frango, iam ocorrendo alguns acidentes que lhe sujavam a camisola e as calças. Embaraçado, ajeitava o gorro que tinha vestido, talvez com medo de apanhar uma constipação ou então para esconder a careca.

Depois fomos dar um passeio e mostrei-lhe o caminho para o supemercado mais perto de casa...

"From now on, I think I will take my meals at home. I only need egg, rice, 'fiámbere' and small biscuit..."
"Yes, Mr. Davies, you will get everything there"

No regresso, Mr. Davies constatou que ainda andavam carros na rua depois das dez da noite.

"In India, after dark, traffic will not be there "