"Ele faz-me muita falta..." dizia com a voz a fraquejar, quase como se uma faca cortasse o som à medida que este passava a garganta, a boca e se transformava em linguagem.
Começou a soluçar baixinho..."Sabes, ele dizia-me, 'oh M., tem paciência mas tens de ficar a tomar conta dos netos'...mas, sabes, não quero, só quero ir também.." e soluçou mais...baixinho.
Arregaçou a manga da camisola e mostrou-me o antebraço - estava com feridas abertas, outras com crosta, arranhões e cicatrizes...parecia um campo de batalha epidérmico.
"À noite não consigo dormir e começo a cismar, a cismar e depois estou sempre a coçar..."
Wednesday, February 20, 2008
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